O melasma se caracteriza por manchas de hiperpigmentação na pele e surge a partir do aumento da concentração de melanina em áreas especificas. Bastante comuns durante o período da gravidez, as manchas de melasma não estão restritas apenas às mulheres, mas essas lesões aparecem nelas, em sua maioria, entre os 20 e os 50 anos.
Apesar das causas do melasma serem distintas, é fácil identificar as manchas que estão incluídas nesta categoria. Elas apresentam, normalmente, tonalidades próximas ao castanho-escuro e marrom-acinzentado, além de uma demarcação bem nítida nos limites da coloração. Em relação ao formato, eles costumam ser irregulares e aparecem com maior frequência nas maçãs do rosto, na testa, no queixo, nas têmporas e na região do colo e do pescoço.
Para quem se sente incomodado com a falta de uniformização da pele, o melasma pode se tornar um problema que afeta, inclusive, a autoestima e a qualidade de vida. Por isso, é importante consultar um dermatologista para conhecer a lesão e entender a melhor forma de tratar e prevenir sua formação.
O que pode causar o melasma? Entenda como ele surge
A Sociedade Brasileira de Dermatologia aponta que não existe uma definição específica sobre o origem do melasma na pele. Mas, como os raios ultravioleta estimulam, de forma natural, as células responsáveis pela formação da melanina, é possível notar padrões nesse surgimento.
Um desses padrões que evidenciam a ligação da exposição solar com o melasma são as localizações mais evidentes das manchas, que surgem em áreas mais expostas como o rosto, os braços, o pescoço e o colo.
Genética e alterações hormonais também podem estar ligadas ao aparecimento do melasma. Outro fator que também tem ligação com essas manchas é a luz invisível que pode provocar alterações na produção de melanina em pessoas com pré-disposição genética (lâmpadas e aparelhos eletrônicos, como celulares, computadores e micro-ondas, podem emitir esse tipo de radiação).
Já comentamos por aqui que as gestantes têm uma propensão maior para a formação de manchas de melasma, mas existem outras condições que podem influenciar a formação dessas lesões, tais como:
- Uso de anticoncepcional oral ou terapias de reposição hormonal com determinados hormônios femininos;
- Disfunção da tireoide;
- Medicamentos para hipertensão ou eplepsia;
- Tom de pele com maior concentração de melanina (fotótipo III e IV);
- Além da gestação, todo o período fértil da mulher também pode ser propício para o melasma.
Você também tem manchas de acne e não sabe como cuidar delas? Confira as dicas do Dermablog!
3 tipos de melasma para ficar atento
Mesmo que não seja possível afirmar de fato a origem na pele, existem formas de identificar quais tipos de melasma podem estar se formando em casos distintos. Os três tipos principais definem-se pela distribuição de melanina nas manchas. Vamos conhecê-los?
1. Melasma epidérmico
Nesse tipo de melasma, o depósito com maior concentração de melanina se concentra diretamente na epiderme, a camada protetora mais superficial da pele. Além disso, essa também é a camada que permanece em maior contato com o mundo exterior!
2. Melasma dérmico
Nos casos de melasma dérmico, o aumento na concentração de melanina chega a atingir a derme, uma camada intermediária que fica localizada entre a epiderme e a hipoderme. Assim, essa camada da pele forma-se por diferentes tecidos que desempenham funções distintas no organismo, como os vasos sanguíneos, as glândulas sebáceas e sudoríparas e até mesmo um alto número de terminações nervosas.
3. Melasma misto
Como o próprio nome evidencia, o melasma misto atinge de formas diferentes. Tanto na derme quanto a epiderme, provocando manchas que se diferenciam entre si em relação à cor e ao tamanho!
Prevenção: hábitos que podem evitar ou diminuir as manchas
O melasma é uma condição com caráter crônico e reincidente que exige atenção contínua e redobrada para quem apresenta predisposição, principalmente nos constantes momentos de fotoexposição que vivemos durante a rotina. Fora o uso de protetor solar diariamente, que já é recomendado para todos os tipos e tonalidades de pele, quem apresenta as lesões do melasma precisa se manter atento ao fator de proteção e ao PPD ou FPUVA dos produtos. Já o índice de PPD ou FPUVA apresentado deve equivaler a pelo menos um terço do valor do FPS. Portanto, ao buscar a embalagem, você sempre deve procurar o fator de proteção para os raios UVA.
Confira nosso conteúdo com mais dicas sobre a aplicação ideal para o protetor solar!
Outros dica importante para os cuidados com a pele com melasma é a utilização de filtro solar físico com cor: a barreira de proteção criada pelos filtros físicos e pelo pigmento da cor protegem contra a luz visível, uma das possíveis causas do melasma. .
Conheça também os diferentes hábitos que podem interferir no fotoenvelhecimento da pele!
Quais tratamentos são indicados para tratar as manchas de melasma?
Como comentamos no início desse texto, as manchas de melasma podem se tornar uma preocupação para muitas pessoas. Principalmente quando relacionamos seu surgimento ao desconforto com a própria aparência. Se você tem melasma e deseja uma pele livre das manchas escuras, saiba que existem tratamentos para que elas diminuam e se tornem mais próximas a sua cor natural.
O principal passo do tratamento, e também um dos mais eficazes, é o uso diário do protetor solar, respeitando a forma correta de reaplicação e quantidade necessária para garantir o FPS indicado. Dermocosméticos com agentes clareadores também fazem a diferença nessa na uniformização da tonalidade da pele. Consulte seu dermatologista sobre dermocosméticos formulados com Cisteamina, ativo mais inovador e seguro para o tratamento de melasma.
Seu grande diferencial reside no fato de não ser fotossensível. Ou seja, você pode aplicá-lo durante o dia e em todas as estações do ano, sem risco de efeito rebote.
Os famosos peelings químicos também ajudam a promover essa esfoliação cutânea, acelerando o processo de remoção da melanina acumulada na pele, principalmente em casos de melasma epidérmico. A renovação promovida por esse tipo de aplicação ajuda também na penetração mais completa dos produtos do tratamento clareador de manchas.
Independente da solução escolhida para amenizar as manchas e diferentes tonalidades do melasma. Lembre-se de manter um acompanhamento continuo de análises e diagnósticos com um dermatologista que conheça seu caso e as particularidades que sua pele exige.
Continue acompanhando todos os conteúdos disponíveis aqui no Dermablog e entenda os detalhes necessários para conhecer sua pele e os melhores cuidados para ela!